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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Redes de Educação Ambiental

As Redes de Educação Ambiental possibilitam identificar os enfoques de pesquisa que são realizados em determinados locais. Seja ela a nível nacional como a Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA), como as redes de educação ambiental dos estados ou regiões do Brasil.
Elas promovem um conteúdo onde são abordadas experiências, pesquisas, levantamento de dados de uma região, divulgação de cursos, além de ferramentas para auxiliar na prática os educadores.
Há outros endereços focados na Educação Ambiental que auxiliam nas questões de como realizar dinâmicas com o tema meio ambiente. Um exemplo é o Projeto Apoema - http://www.apoema.com.br/geral.htm


Segue abaixo alguns links divulgando algumas Redes de E.A.:



Os desafios da transversalidade envolvendo o tema meio ambiente









Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são uma estratégia de trabalho onde o educador se coloca de forma aberta, para dialogar e integrar seu trabalho com os demais integrantes da equipe escolar. A transversalidade com a temática ambiental deve ser inserida a partir de exemplos concretos vividos em situações cotidianas. São instrumentos de apoio específicos para o educador e destinado ao envolvimento direto com os educandos.
As exigências e princípios traçados para a temática ambiental e a orientação para que ela seja adotada como eixo transversal, no contexto do projeto pedagógico de cada curso, possibilitam a discussão e a análise do tema meio ambiente em diferentes áreas do conhecimento, demandando a adoção de uma visão sistêmica e possibilitando discussões e práticas que congreguem diferentes saberes, transcendendo as noções de disciplina, matéria e área.
Discutir sobre as questões ambientais ainda é um grande dilema para alguns profissionais da educação, já que acabam entendendo como uma ação que irá impedir de exercer suas funções específicas. O que na realidade muda é a forma de perceber e contextualizar as diversas disciplinas agregadas as questões do meio ambiente.
O educador precisa buscar informações nos meios de comunicação, através das tecnologias de informação, pois estes constituem uma importante fonte de informação para os alunos sobre o meio ambiente. Outra questão seria a de exercer uma postura crítica para que os alunos reavaliem essas mesmas informações, percebendo os vários determinantes da leitura, os valores a elas associados, além daqueles trazidos de casa. Isso os ajuda a agir com visão mais ampla e, portanto, mais segura ante à realidade que vivem.
              Da mesma forma, é necessário que os professores busquem com os alunos outras fontes, enquanto desenvolvem suas atividades, por meio da pesquisa em livros e do levantamento de dados, conversando com os colegas das outras disciplinas, ou convidando pessoas da comunidade, como professores especializados, técnicos de governo, lideranças, médicos, agrônomos, moradores tradicionais que conhecem a história do lugar, entre outros. Isso permitirá aos alunos uma visão crítica e racional da questão ambiental.
Hoje, talvez o professor deveria ser aquele que provocasse mais questionamentos do que forneça respostas. O planeta precisa do professor provocador, que inquiete e estimule os alunos a pensarem, questionarem, refletirem e ousarem agir em prol de questões maiores. Este pode ser um desafio, já que o próprio modelo de desenvolvimento dominante incentiva posturas passivas. A mídia e a propaganda, que dependem deste modelo, alimentam sonhos de consumo e a manutenção do 'status quo'. Por isso, questionar ou refletir pode causar impactos que subvertam à ordem pré-estabelecida. Este risco tem sido uma das principais razões da educação ser tão pouco priorizada.
Outra sugestão seria o de desenvolver dentro do Projeto Político Pedagógico da escola, ideias e propostas que envolvam temas transversais como a temática ambiental, um assunto obrigatório e contínuo. Na prática seria o de incrementar o Planejamento Anual de cada disciplina, discutindo métodos e planos de ação com esta vertente nas disciplinas específicas. É evidente que o trabalho em grupo é essencial para se discutir esta abordagem para uma possível mudança nos conteúdos.
Realizar determinadas mudanças podem trazer um certo desconforto. Porém não são questões pessoais que estão sendo questionadas, e sim o futuro de um planeta onde dependerá de ações que envolvam mudanças de hábitos das gerações atuais e futuras para a manutenção e sobrevida do mesmo.
Todo indivíduo tem a capacidade de desempenhar papéis importantes na melhoria do planeta. Aos educadores cabe a responsabilidade de despertar no aprendiz o senso de autoestima e confiança indispensáveis para que acredite o suficiente em seus potenciais e passe a exercer plenamente sua cidadania.
Segundo Glazer (1999), o senso de identidade indispensável ao fortalecimento individual, pode ser estabelecido de duas maneiras: de fora para dentro ou de dentro para fora. O que vem de fora para dentro, interpretamos como imposição ou doutrinação. O que emerge de dentro para fora, que brota de nossas experiências, compreendemos como expressão. É estimular a melhor expressão de cada um, o mais nobre papel do educador.



Referências Bibliográficas

Duailibi M.; Araujo L. Oficina de Educação Ambiental para Gestão – Secretaria de Meio Ambiente – Governo do Estado de São Paulo


O Papel da Educação Ambiental nas Mudanças Paradigmáticas da Atualidade - http://www.ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/102/suzana.pdf

sábado, 5 de outubro de 2013

COMUNIDADES TRADICIONAIS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO


A entrada das Populações Tradicionais no mundo do “meio ambiente”, deu-se a partir da discussão sobre a presença humana nas Unidades de Conservação. Os países pioneiros na criação de unidades de conservação estabeleceram a tradição de que dentro das mesmas não cabia a presença da espécies humana. Porém, a situação encontrada em países em desenvolvimento, como o Brasil, que apenas há poucos anos criaram suas áreas de preservação e conservação, obrigou a examinar com maior profundidade a relação entre o homem e o meio em tais áreas, chegando-se à constatação de que realmente existem populações cuja ação é altamente benéfica para a conservação ao meio. Estas tem sido constatações empíricas e de exame “in loco”, pois ainda falta bastante pesquisa, inclusive para provar que se não fosse a presença dessa população tradicional, várias espécies não teriam sobrevivido.
As populações tradicionais, através da educação ambiental, devem ser engajadas em outras duas atividades fundamentais para a proteção do meio ambiente: o monitoramento ambiental e a fiscalização.
O novo conservacionismo ou a etnoconservação, como conceitua Diegues (2000), está baseado na construção de uma aliança entre o homem e a natureza calcada na importância de comunidades tradicionais na conservação do meio ambiente.
A falta de conhecimento específico para o manejo das unidades de conservação, a falta de pessoal especializado e a má distribuição dos recursos financeiros aliada com a falta de planejamento bem como a exclusão da comunidade local na tomada de decisões tem sido sugeridos como motivos suficientes para a ineficácia da consolidação das mesmas (BERNARDES E MARTINS, 1998).
Para Roy (1997) a hostilidade ou no mínimo desinteresse das populações do entorno em relação às unidades de conservação tem sido associada a vários fatores:
- Ao estabelecimento de proibições de determinados usos da unidade incompatíveis com a conservação dos recursos naturais e que não tem sido acompanhado de política de promoção econômica da área que compense aos habitantes as limitações resultantes da criação da unidade;
- À falta de confiança na administração das unidades;
- Às atitudes excessivamente técnicas ou pouco pedagógicas que ocorrem com frequência entre os gestores destas comunidades;
- Às dificuldades das próprias populações, em geral de baixo nível cultural, em perceber as vantagens proporcionadas pelo patrimônio de valores qualitativos inerentes às unidades de conservação, entendendo somente as limitações econômicas acarretadas pela criação da mesma;
- Ao caráter individualista e a pouca ou nenhuma consciência coletiva da população, fatores que dificultam as relações de cooperação e associação somadas à tradicional rivalidade existente entre os municípios próximos.
Segundo Leonardi (1995) o diálogo é mais do que um componente, aparentemente óbvio, no trabalho de educação ambiental, como em toda e qualquer tarefa educativa. Ele é uma concepção metodológica que fundamenta e especifica esse trabalho. Isso porque o diálogo torna possível e viável o trabalho com a diferença que, por sua vez, é pré-requisito da interdisciplinaridade. É na articulação desses três pilares básicos: diálogo, respeito a diferença e interdisciplinaridade; que se fundamenta o trabalho de educação ambiental.
Esses conceitos devem considerar as inter-relações entre as comunidades locais e as áreas naturais, marcadas pelas necessidades humanas, seus conhecimentos e valores, com os fundamentos científicos subsidiando a formação de uma atitude da comunidade diante do patrimônio natural, para que essas atitudes e valores se justifiquem, evitando a caracterização dos mesmos como dogmas vazios de significados. É necessário, portanto informar sobre as implicações ambientais das ações antrópicas e quais as alternativas menos impactantes e/ou sustentáveis (ANTUNES et al., 2001)


Bibliografia

ANTUNES, E. M.; VIEGAS, R. M.; SONODA, F.; FACHIM, E. (2001) Programa de Educação e Difusão Ambiental para a área de entorno do Parque Estadual da Serra de Ricardo Franco. Anais do II Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, p. 332-348.
__________ DIEGUES, A. C. O mito moderno da natureza intocada. Editora Hucitec. São Paulo SP. 1996.