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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Os desafios da transversalidade envolvendo o tema meio ambiente









Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são uma estratégia de trabalho onde o educador se coloca de forma aberta, para dialogar e integrar seu trabalho com os demais integrantes da equipe escolar. A transversalidade com a temática ambiental deve ser inserida a partir de exemplos concretos vividos em situações cotidianas. São instrumentos de apoio específicos para o educador e destinado ao envolvimento direto com os educandos.
As exigências e princípios traçados para a temática ambiental e a orientação para que ela seja adotada como eixo transversal, no contexto do projeto pedagógico de cada curso, possibilitam a discussão e a análise do tema meio ambiente em diferentes áreas do conhecimento, demandando a adoção de uma visão sistêmica e possibilitando discussões e práticas que congreguem diferentes saberes, transcendendo as noções de disciplina, matéria e área.
Discutir sobre as questões ambientais ainda é um grande dilema para alguns profissionais da educação, já que acabam entendendo como uma ação que irá impedir de exercer suas funções específicas. O que na realidade muda é a forma de perceber e contextualizar as diversas disciplinas agregadas as questões do meio ambiente.
O educador precisa buscar informações nos meios de comunicação, através das tecnologias de informação, pois estes constituem uma importante fonte de informação para os alunos sobre o meio ambiente. Outra questão seria a de exercer uma postura crítica para que os alunos reavaliem essas mesmas informações, percebendo os vários determinantes da leitura, os valores a elas associados, além daqueles trazidos de casa. Isso os ajuda a agir com visão mais ampla e, portanto, mais segura ante à realidade que vivem.
              Da mesma forma, é necessário que os professores busquem com os alunos outras fontes, enquanto desenvolvem suas atividades, por meio da pesquisa em livros e do levantamento de dados, conversando com os colegas das outras disciplinas, ou convidando pessoas da comunidade, como professores especializados, técnicos de governo, lideranças, médicos, agrônomos, moradores tradicionais que conhecem a história do lugar, entre outros. Isso permitirá aos alunos uma visão crítica e racional da questão ambiental.
Hoje, talvez o professor deveria ser aquele que provocasse mais questionamentos do que forneça respostas. O planeta precisa do professor provocador, que inquiete e estimule os alunos a pensarem, questionarem, refletirem e ousarem agir em prol de questões maiores. Este pode ser um desafio, já que o próprio modelo de desenvolvimento dominante incentiva posturas passivas. A mídia e a propaganda, que dependem deste modelo, alimentam sonhos de consumo e a manutenção do 'status quo'. Por isso, questionar ou refletir pode causar impactos que subvertam à ordem pré-estabelecida. Este risco tem sido uma das principais razões da educação ser tão pouco priorizada.
Outra sugestão seria o de desenvolver dentro do Projeto Político Pedagógico da escola, ideias e propostas que envolvam temas transversais como a temática ambiental, um assunto obrigatório e contínuo. Na prática seria o de incrementar o Planejamento Anual de cada disciplina, discutindo métodos e planos de ação com esta vertente nas disciplinas específicas. É evidente que o trabalho em grupo é essencial para se discutir esta abordagem para uma possível mudança nos conteúdos.
Realizar determinadas mudanças podem trazer um certo desconforto. Porém não são questões pessoais que estão sendo questionadas, e sim o futuro de um planeta onde dependerá de ações que envolvam mudanças de hábitos das gerações atuais e futuras para a manutenção e sobrevida do mesmo.
Todo indivíduo tem a capacidade de desempenhar papéis importantes na melhoria do planeta. Aos educadores cabe a responsabilidade de despertar no aprendiz o senso de autoestima e confiança indispensáveis para que acredite o suficiente em seus potenciais e passe a exercer plenamente sua cidadania.
Segundo Glazer (1999), o senso de identidade indispensável ao fortalecimento individual, pode ser estabelecido de duas maneiras: de fora para dentro ou de dentro para fora. O que vem de fora para dentro, interpretamos como imposição ou doutrinação. O que emerge de dentro para fora, que brota de nossas experiências, compreendemos como expressão. É estimular a melhor expressão de cada um, o mais nobre papel do educador.



Referências Bibliográficas

Duailibi M.; Araujo L. Oficina de Educação Ambiental para Gestão – Secretaria de Meio Ambiente – Governo do Estado de São Paulo


O Papel da Educação Ambiental nas Mudanças Paradigmáticas da Atualidade - http://www.ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/102/suzana.pdf

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